Candlemass – Death Magic Doom

0

O Candlemass é uma banda da qual é interessante falar no DELFOS, considerando o fato de o chefe Corrales ser terminantemente contra o excesso das palavras doom, death e “arrastado” em seu maior site nerd de jornalismo parcial reflexivo humorístico do mundo. E o nome do CD tem duas das palavras citadas.

Esta é uma banda que nunca mudou absurdamente sua sonoridade, mesmo no período menos conhecido da banda. Ok, antes era épico. Depois ficou um pouco mais experimental e teve uns lances mais depressivos na década de 90, mas aí nem era o Candlemass direito (porque realmente não era o Candlemass, mas a banda Abstrakt Algebra disfarçada). Agora está pesado pra cachorro, mas continua arrastado quase morrendo, e a grande novidade é a emoção toda trabalhada e reflexiva que a voz do Robert Lowe passa.

Recentemente, muitas bandas de metal têm produzido bons álbuns, mesmo que não sejam muito originais. Death Magic Doom tem muito riff que você já deve ter ouvido antes. Mas também tem muita coisa original e bastante variação. Por exemplo, ouça o refrão super grudento de Dead Angel ou os versos sombrios e maravilhosos de Hammer of Doom. Legal e fresco (não no sentido Crepúsculo, mas tipo carne fresca para zumbis), não? Agora preste atenção no riff de House of 1000 Voices. Bom, mais do mesmo, né?

Hammer of Doom mostra como a voz de Robert Lowe é marcante:

O legal é que uma pequena parte do disco vai pela linha do King of the Grey Islands, enquanto outras músicas são bem diferentes de tudo o que essa banda incrível já fez. Um destaque é a faixa de abertura, a quase rápida e animada If I Ever Die, com um riff bem diferente do que eles costumam fazer. De uma maneira geral, o disco nunca sai do território do doom metal, mas há muita coisa que faz parecer diferente e, se fosse para chutar, eu diria que tem um pouquinho de gótico e heavy metal tradicional aqui e acolá.

If I Ever Die:

Esse CD também é razoavelmente acessível, com poucas músicas difíceis, que necessitam de muitas audições para entrar no clima. E o bom é que eu já tenho esse CD há uns seis meses (na data de fechamento dessa matéria) e sempre que vou ouvir, anima como se fosse uma das primeiras vezes. E desanimar com CD novo depois de uns meses de empolgação é algo muito comum hoje em dia.

Então aqui vai a dica. Esse CD é sem dúvida melhor que o antecessor e até trabalhos antigos, como o Ancient Drems. Quase no nível de um Nightfall, mas falta um pouco mais de novidade em algumas faixas. Se ficou curioso, compre aqui.