Doze Homens e Outro Segredo

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Cara, essa foi uma cabine digna de Além da Imaginação. Como se não bastasse o fato de esta ser uma continuação de um remake cujo original (Onze Homens e um Segredo) não teve nenhuma seqüência, ainda foram marcadas as cabines de dois filmes para o mesmo lugar e para o mesmo horário. Pior, a toda-poderosa Warner, que bancou o bufê e todas essas mordomias para a imprensa presente, ainda não ficou com a melhor sala do cinema, perdendo para um filme bem menor (no sentido de orçamento, publicidade, etc) que esse. E para aumentar o clima, meu celular, que estava desligado, tocou duas vezes. Cada dia que passa eu entendo menos esse mundo… Mas vamos ao filme.

Doze Homens e Outro Segredo começa três anos após o fim de seu antecessor, quando toda a equipe se separou e resolveu andar na linha. Até que algum dedo-duro entrega o nome dos envolvidos para a vítima do primeiro roubo e pronto, está armada a confusão.

O elenco do filme é um dos mais estrelados dos quais tenho conhecimento, contando com George Clooney, Brad Pitt, Matt Damon, Catherine Zeta-Jones (é incrível como uma mulher tão magra pode ser tão linda), Andy Garcia e Julia Roberts. Tem até uma bizarra e hilária ponta de Bruce Willis interpretando ele mesmo. O problema é que, com tantos personagens, a grande maioria deles se resume a pouco mais que pontas. Na verdade, a “ponta” de Bruce Willis é maior do que os papéis de grande parte do elenco principal. Os únicos que têm realmente destaque na história, são os personagens de Brad Pitt e George Clooney.

Com uma narrativa não linear, sua história chega a ser confusa em alguns momentos. Até porque o filme apela para um humor um tanto surreal, o que torna algumas cenas completamente sem sentido, embora sem dúvida muito engraçadas.

Como comédia, Doze Homens e Outro Segredo é uma boa pedida. Como filme, no entanto, deixa a desejar. Se quiser arriscar, a estréia está marcada para 25 de dezembro. Sim, no Natal. Mais uma característica bizarra para a cabine mais estranha que já presenciei.