Egito: Pirâmides de Gizé e a grande esfinge

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No texto anterior, falamos sobre Alexandria, Saqqara, Mênfis e uma visita de pirar o cabeção pelo bairro Copta, lugar recheado de passagens bíblicas. No episódio de hoje, vamos visitar o principal sítio turístico do Egito: as pirâmides de Gizé. Mas vamos começar por outra visita muito legal.

Tema do episódio de hoje: Iron MaidenPowerslave. Ei, o Iron Maiden realmente fala muito do Egito, mas prometo que os temas dos outros episódios serão de outras bandas e outros estilos.

MUSEU DO CAIRO

Quantas vezes na vida você acorda sabendo que neste dia vai realizar um sonho de infância? Esta era minha mentalidade no dia 13 de agosto. Infelizmente, nesse dia a Cinthia já acordou enjoada e passando mal. Tínhamos lido que a maioria das pessoas que visita o Egito fica doente em algum momento e é uma pena que a vez da Cinthia tenha sido logo em um dia tão importante.

O dia começou com uma visita ao museu do Cairo, que admito que já me impressionou muito mais do que tudo que vimos em Alexandria no dia anterior. Aqui finalmente vimos grandes estátuas de faraós, máscaras mortuárias, tesouros e, o mais legal, a sala das múmias. A sala das múmias é uma ala do museu cuja entrada é paga à parte e onde você não pode falar nem fotografar. Lá, temos uma coleção de múmias de faraós e rainhas, entre eles Ramsés II, Seti I e a rainha Hatshepsut.

É realmente impressionante ver corpos tão bem preservados mesmo após tanto tempo, e mais impressionante ainda quando você lembra que até hoje ninguém sabe como os egípcios conseguiam isso.

Segundo nosso guia, o Museu do Cairo é grande demais para se ver tudo, então ele nos levaria para o mais importante. Saí dali feliz, tendo visto as múmias, a famosíssima máscara mortuária de Tutancâmon e mais um montão de artefatos históricos. Só fiquei triste porque não era permitido fotografar dentro do museu, então fique com uma imagem da fachada, onde eu estava tirando o nariz de uma das esfinges.

Dali, fomos almoçar em um restaurante próximo às pirâmides. Saca a vista que a gente tinha dali.

Isso só nos deixou mais ansiosos para o próximo passeio, pois saberíamos que, depois de almoçar, em questão de minutos estaríamos na frente das grandes pirâmides de Gizé, provavelmente uma das paisagens mais famosas do mundo. E ao chegar lá, e pegar meus ingressos para entrar na Grande Pirâmide de Quéops, eu mal conseguia conter a empolgação.

AS PIRÂMIDES DE GIZÉ

Ao finalmente entrarmos no parque, e dar a primeira olhada na pirâmide de Quéops de pertinho, não deu outra. Tínhamos que tirar uma selfie com a construção ao fundo.

É, acho que não ficou muito boa, então o jeito era pedir para o guia tirar uma.

Agora sim. Cara, a minha emoção nesse momento beirava o insuportável. Eu me sentia em Hollywood, com aqueles fundos pintados usados para filmes. Eu não conseguia acreditar que finalmente estava num lugar que queria visitar desde que me conheço por gente. A majestade do local era tamanha que eu até tirava os óculos escuros e virava o boné para trás sempre que o Sol dava uma folguinha para que nada obstruísse meu campo de visão.

Existem nove pirâmides no parque. São as três grandes, de Quéops, Quéfren e Miquerinos e mais seis menores, dedicadas às esposas de Quéops e Miquerinos. A pirâmide de Quéops, a maior das três grandes pirâmides, é a mais próxima da entrada do parque, e é a que nós compramos ingresso para entrar. Infelizmente, também não era permitido tirar fotos lá dentro, então pudemos apenas tirar uma da entrada.

O guia muito falou que não valia a pena entrar na pirâmide, que não tinha nada lá dentro e o ingresso era muito caro, mas eu mandei o cara ouvir um pagodão suado. “Vai ouvir um pagodão suado”, disse, indignado. “Eu não vim até o Egito para não entrar nas pirâmides”.

E lá estava eu, dentro da pirâmide de Quéops e… De fato não tinha nada lá dentro. Nada além de um bom exercício. Após um corredor com o teto bem baixo, tinha uma escada enorme com o teto mais baixo ainda. Como você deve lembrar, eu sou um patetão de 1,90m, então foi bem difícil subir uma escada tão longa com o teto tão baixo. O negócio era tão baixo que eu tinha que subir a escada colocando as mãos nos degraus. Foi cansativo pra burro. No final da escada, chega-se a uma tumba, sem múmias mesmo, é apenas a sala. Neste momento, eu quis fazer uma pausa para descansar curtir o fato de estar dentro da grande pirâmide.

Ficamos lá alguns minutos e voltamos escada abaixo, para continuar nosso passeio até as outras pirâmides. Ainda era possível entrar em outra delas, mas o guia não nos avisou quando estávamos comprando os ingressos e este foi meu principal arrependimento da viagem. Pelo que me falaram, a outra pirâmide era bem parecida, mas ao invés de subir até a tumba, você desce. Mesmo assim, gostaria de ter visto com meus próprios olhos.

O guia então nos levou rumo a outra coisa que eu sempre quis fazer: andar de camelos. Chamou-me a atenção que, apesar de o camelo ser um bicho anatômico, com um espaço entre as corcovas, a sela é colocada de forma que você senta em cima delas. E, cara, o bicho é muito alto. Você não percebe de início, porque você sobe com ele deitado, mas quando ele levanta, parece que não vai mais parar de subir. Não chega a dar medo, é até mais confortável do que andar a cavalo, mas é divertido ver quão alto você fica em cima dele.

Depois de ver as nove pirâmides de perto e andar de camelos, era hora de nos despedir.

A GRANDE ESFINGE

Era chegada a hora de irmos até a Esfinge de Quéfren, que fica no mesmo parque e dá até para ver as pirâmides atrás dela.

Admito que a esfinge não me impressionou tanto quanto as pirâmides. Eu a imaginava maior e mais definida. O corpo não é tão detalhado quanto as esfinges menores, ou pelo menos não resistiu tão bem ao tempo. Ainda assim, é emocionante estar em um lugar pelo qual o Obelix passou (foi ele quem quebrou o nariz da esfinge, caso você não manje muito de história).

Aliás, uma curiosidade, a barba da esfinge, ao contrário do nariz, não foi perdida. Ela está no Museu do Louvre, na França. Isso é muito errado, né? A França deveria devolver para que a barba fosse recolocada ou então exposta no mesmo parque. Se bem que, se a França for devolver tudo que tem de roubado de outras civilizações no Louvre…

E assim acabou o dia em que eu realizei um sonho de infância. Mas a viagem estava longe de acabar.

No próximo episódio, vamos para Luxor, onde visitaremos os belíssimos Templos de Karnak e Luxor. E ainda nesta temporada, o famosíssimo Vale dos Reis, Grécia (onde você vai descobrir se eu fui para DELFOS) e Turquia. Mantenha-se delfonado.

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